A evolução das consolas de secretária e portáteis e as previsões para o futuro que daí advém.

Como evoluíram as consolas de secretária e as portáteis? Eis aqui uma ideia da evolução geral da potência a cada nova geração

Actualmente temos no mercado três grandes produtores de consolas, Microsoft, Nintendo e Sony. E as três andam nisto já à alguns anos!

Vamos avaliar as ofertas de cada um deles no campo das consolas quer de mesa, quer nas portáteis (um campo inexplorado pela Microsoft).

O artigo que se segue é mais um exclusivo da PCManias.

Consolas de mesa

Geração 1



Antes domais convêm esclarecer que o termo geração 1 surge aqui de forma um pouco liberal. Esta não foi a primeira geração de consolas, mas para este caso, foi a primeira onde pelo menos duas destas marcas entraram no mercado em simultâneo. Daí que cronologicamente, este é a primeira geração que analisaremos:

Nesta primeira geração que analisaremos, tivemos a Sony a entrar no mercado com a sua Playstation, e a Nintendo com a sua Nintendo 64. Comparativamente, eis como as duas consolas se escalavam a nível da performance oferecida:

Curiosidade das curiosidades, apesar do nível de sucesso bem diferente que foi atingido pelas duas consolas, ambas possuíam uma performance máxima teórica idêntica de 100 Mega Flops.

Geração 2

A geração que se seguiu, viu a terceira empresa, neste caso a Microsoft a aparecer no mercado, com a sua Xbox. Aqui as performances eram bem diferentes entre elas, um facto que pesou pouco no nível de vendas. Vejamos!



A consola mais potente desta geração era a Xbox da Microsoft, com 20 Gflops de performance. A Gamecube aparecia em segundo com 9.4 Gflops, e a PS2 da Sony aparecia em último, com apenas 6.2 Tflops.

Comparações da evolução entre a geração 1 e 2

Vamos aqui ver a evolução das consolas destas marcas, neste caso apenas a Nintendo e a Sony, uma vez que a Microsoft apenas apareceu no jogo nesta geração, e até bastante tardiamente.



Como vemos o salto foi, em ambos os casos, significativo, mais especificamente 9400% (94x) na Nintendo e 6200% (62x) na Playstation.

Vejamos, num gráfico percentual, ao que corresponde a variação entre as gerações:

Geração 3



A terceira geração aqui referida é bem conhecida de todos, pois foi a geração anterior à atual. Foi uma geração bastante ativa a nível de vendas de consolas, a mais activa de sempre, diga-se!

Eis as consolas que apareceram e as suas performances máximas teóricas:

Apesar de a Wii ter sido uma decepção a nível de performances, com apenas 12 Gflops, a consola soube inovar no capítulo da jogabilidade. Era uma consola única para a altura, e inovadora como mais nenhuma tinha sido até então, o que lhe valeu um sucesso tremendo e um apelo a todas as idades e gerações, conseguindo mesmo trazer para os jogos pessoas que nunca haviam jogado antes.

Playstation 3 e Xbox 360 eram bastante próximas a nível de performances máximas teóricas, mas a melhor arquitectura da consola da Microsoft, e um hardware mais avançado presente igualmente na mesma, colocavam a PS3 num patamar abaixo e obrigavam a PS3 a despender Flops extra vindos do Cell para conseguir igualar a consola da Microsoft, o que só aconteceu nos anos finais da sua geração.



Comparações da evolução entre a geração 2 e 3

Como é perceptível pelos gráficos, o salto existente na consola da Nintendo foi bastante baixo, com um aumento de performances de cálculo que se limitaram aos 27,65%. Já o ganho oferecido pela PS3 face à PS2 foi de 3709% (37,09x) e o da Xbox 360 face á Xbox foi de 1200% (12x). Valores ainda impressionantes, mas inferiores aos da geração anterior.

Vamos ver, mais uma vez, num gráfico percentual como estas diferenças se traduziram:



Como é claro, a consola da Sony foi a que conseguiu manter uma proporção no salto mais parecido com o que acontecera com a geração anterior. O salto da Xbox foi menor, mas o da Wii foi bastante reduzido.

Geração 4

Eis-nos chegados à atual geração. Vamos ver igualmente os valores apresentados pelos três maiores fabricantes para as suas consolas:



Aqui, mais uma vez, os valores das consolas da Nintendo destoam. A sua Wii U é pouco superior a uma das consolas da concorrência da anterior geração, e a disparidade face às performances de topo são grandes.

Tal poderia não ser um problema. Na geração anterior a Wii apresentara uma disparidade ainda maior, e emergira como a consola mais vendida da geração. No entanto aqui a Nintendo não viria a ter a mesma sorte.

A novidade dos comandos de movimento da Wii perdera-se, a a Wii U não conseguiu inovar verdadeiramente. Sem um sucesso de vendas por trás, os fabricantes Third Party falharam, e a consola viu-se apenas suportada pela Nintendo e produtores menores, o que se traduziu num número de vendas bastante decepcionante.

A XBox One e a PS4 acabaram por se posicionar de acordo com as suas performances, sendo a geração atualmente dominada pela Sony que vende numa proporção superior a 2:1 face à consola da Microsoft.



Comparações da evolução entre a geração 3 e 4

Finalmente vemos o salto da Nintendo, com uma evolução de 2933% (29,3x), mas para valores que, como referidos, não acompanhavam a atual geração. A Sony dá um salto com as suas Playstation de 800% (8x), e a Microsoft um salto de 545,8% (5.45x).

Aqui percebe-se que há uma quebra muito grande no valor dos saltos, com a Nintendo a ter o maior, mas a ser igualmente a mais conservativa. Estamos já longe dos ganhos de vários milhares de percento das gerações anteriores.

Eis os gráficos percentuais:



Claramente a dimensão das fatias ocupadas pela performance da geração anterior aumenta, mostrando cada vez menos aumentos na passagem de geração.

Geração 4.5



Esta quarta geração  teve como novidade absoluta a introdução de consolas de meio de geração. Algo inédito até hoje e ao qual a Sony e a Microsoft aderiram com a sua PS4 Pro, e a ainda por lançar, e para já apenas conhecida pelo seu nome de código, Xbox Scorpio.

Entretanto a Nintendo lançou uma nova consola, a Switch que, pelo menos nesta fase, concorrerá com a quarta geração e com esta geração 4.5, com a qual a iremos comparar.

A Switch é uma consola peculiar. É uma consola de nova geração, mas ao mesmo tempo não é! A consola aposta num modelo híbrido misto entre a consola de mesa e uma portátil, o que a impede de se impor convenientemente no campo das consolas de mesa.

Eis os valores, para as consolas da Nintendo, Sony e Microsoft, respectivamente.



Comparações da evolução entre a geração 4 e 4.5

As evoluções estão referidas no gráfico de cima!

No caso da Xbox o salto é o maior com um ganho de 458% (4.58x), ou seja, quase tão grande como o salto existente na geração anterior. Esta situação pode ainda levar a que a Microsoft venha a posicional esta consola como de nova geração mas, pelo menos nesta fase, isso ainda não aconteceu e o previsto é ser mesmo considerada uma geração intermédia.

O salto da Sony passa ligeiramente os 228% (2.28x), sendo considerado por isso como meramente modesto.

O salto da Nintendo é basicamente negligenciável, não passando os 11,64%. Note-se porém que este artigo apenas aborda os aumentos de performance máxima teórica e não os avanços na tecnologia, os aumentos nas larguras de banda, e os aumentos de memória, situações que todas juntas podem fazer uma diferença que conta ao mesmo nível que o aumento da performance máxima teórica.

Eis os percentis de evolução:

Como se percebe, verificando a diminuição das percentagens de aumento a cada geração, a Scorpio podia-se efectivamente enquadrar nesse campo. Já as restantes consolas possuem pouca evolução para poderem efectivamente serem consideradas nesse campo.

No entanto a Sony nunca tentou sequer classificar a sua PS4 Pro como uma nova geração, e no caso da Nintendo, a Switch, a intenção é a versatilidade, não o verdadeiro aumento da performance. Algo que, perante a realidade que vimos na Wii U, poderá vir a ter o seu preço.

Mas para que percebam a aposta da Nintendo, vamos fazer a comparação anterior novamente, mas desta vez… nas consolas portáteis.

Consolas portáteis

Geração 1

A geração 1 das consolas portáteis, ou seja, a primeira das gerações onde pelos menos dois destes fabricantes estiveram presentes, ocorreu bastantes anos mais tarde do que a geração 1 das consolas de mesa. Mais ou menos na altura da terceira geração acima referida, e eis as performances dos seus intervenientes:

Esta geração é mais uma vez peculiar. A Nintendo DS, apesar da sua muito menor performance face à Playstation Portable da Sony, inovava com uma ecrã tatil que tanto agradou o público alvo. E como consequência foi um sucesso de vendas sem paralelo.

Ao ponto de a Nintendo a fazer evoluir para uma nova geração.

Geração 2

A 3DS manteve o nome e as características de sucesso da 3DS, melhorando-a ainda mais com um ecrã 3D. A PS Vita por sua vez apostou, tal como a PSP na performance bruta, sem grande sucesso. A PS Vita sempre vendeu mal e como tal o suporte nunca foi verdadeiramente compensador da sua compra.

Comparações da evolução entre a geração 1 e 2

Os saltos da DS para a 3DS foram de 800% (8x), sendo que os da PSP para a PS Vita foram de 1969,23% (19,69x). A potência da PS Vita era monstruosa para a altura, não havendo no mercado móvel nada com capacidade idêntica. Mas no entanto, a performance bruta de nada lhe valeu.

Eis os percentis da evolução:

Como sabemos, atualmente a Sony não anunciou, e duvida-se que anuncie, qualquer nova portátil. E desta forma, não tendo a Microsoft o hábito de concorrer neste campo, a Switch da Nintendo não terá concorrente geracional.

Eis a evolução que ela oferece face à 3DS da geração anterior:

A Switch oferece 157,3 Gflops em modo portátil, o que lhe garante a melhor performance alguma vez vista numa consola portátil. No entanto, apesar de tal, ao contrário da PS Vita que inovava no campo da performance, a Switch, no que toca aos atuais dispositivos móveis, é uma consola bastante ultrapassada a nível de performances.

Independentemente de tal o salto foi de 3277% ou 32,77x, o que é bastante significativo, especialmente para uma Nintendo que, como sabemos, faz milagres com baixas performances.

Conclusões

Esta evolução pode ser vista meramente como informativa, mas no entanto permite concluir muito sobre o que acontece e virá a acontecer no futuro.

Para começar a Nintendo Switch. Percebe-se que a Nintendo optou por não entrar em concorrência directa com a competição, entrando por um campo híbrido. O resultado é uma consola de mesa em tudo semelhante à Wii U mas com algumas melhorias, mas em contrapartida uma consola móvel com um poderia como nunca outra teve.

Mas como já referido aqui e em outros artigos, a cartada da Nintendo não foi bem jogada. O posicionamento da consola a nível de preços torna-a uma consola portátil cara, e uma consola de mesa caríssima, o que é piorado pela necessidade de extras quase obrigatórios que acrescentam ao preço, e um online pago.

Seja como for, a estratégia da Nintendo mudou. A empresa percebe que o futuro não passa por competições de potência, mas sim por meros produtos capazes de trazer diversão, e isso é algo com que concordamos. Mas no entanto, nesta fase transitória, o posicionamento a nível de preços da Nintendo foi muito mal escolhido!

Percebe-se ainda que a Scorpio, da qual falamos ontem, mesmo que não definida oficialmente como uma nova geração, possui uma variação de performance face à One que se enquadra num salto geracional, havendo mesmo quem já tenha tido contacto com ela e que refira claramente que ela é uma consola de nova geração, e isso quer dizer que, a Sony fica claramente como a única marca sem uma solução verdadeiramente definida para os próximos anos, uma vez que a sua PS4 Pro se revela basicamente apenas uma PS4 para 4K (algo que a empresa nem sequer esconde).

Não será por isso de estranhar que a Sony responda em breve com a apresentação de um produto para os próximos anos. E dado o apresentado pela Scorpio, o produto da Sony terá de ser superior, quebrando com a diminuição da percentagem de melhorias que temos verificamos ao longo dos anos e bem visível neste artigo.



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