É o total e completo descrédito dos websites de análises de videojogos.
Verem alguém a dar a um jogo uma nota de 6 em 10, o que o qualifica como um jogo banal, mas depois apresentar um novo artigo onde apresenta 10 razões pelas quais o jogo que consideraram mediano deverá ser jogo do ano, é algo que considero como, pura e simplesmente, ridículo.
Basicamente eu diria que nunca veria algo assim, mas a realidade é que a humanidade chegou a um ponto onde as pessoas parecem não se importar minimamente com a sua credibilidade. E este caso ao acontecer, deita por terra toda e qualquer réstia de credibilidade que este website ainda pudesse ter.
E agora, neste artigo onde referem as razões pelas quais o jogo deveria ser jogo do ano, lê-se:
Além disso, Black Myth: Wukong exclui os aspectos frustrantes dos soulslikes populares enquanto incorpora elementos mais universalmente agradáveis , atingindo um equilíbrio delicado entre os fãs do gênero soulslike e aqueles que preferem um RPG de ação mais direto. O nível, o combate e o design do chefe são destaques entre os indicados, assim como o sistema de avanço e a arte/cinematografia. Por todos esses motivos e mais, Black Myth: Wukong tem uma chance real de ganhar o prêmio de Jogo do Ano no The Game Awards 2024.
Mas como é isto possível? Como alguém pode escrever estas linhas sobre um jogo que avaliou como 6/10?
Ler aquele artigo torna-se algo quase surreal.
Mas quais as causas de uma nota de 6/10?
Os argumentos são patéticos.
Analisando um de cada vez:
“Game performance in unpolished”
No outro dia vi um programador a queixar-se sobre uma realidade que está a acontecer nos videojogos, e com argumentos que não consigo deixar de lhe dar razão.
Basicamente ele dizia que hoje em dia um mau jogo bem polido recebe melhores notas que um bom jogo que não seja lançado totalmente polido.
E isso é uma realidade. Eu compreendo que a análise tenha de ser feita ao produto em análise e não a promessas de patches que podem não existir ou não trazer os efeitos desejados. Mas no entanto, se isso pode acontecer em jogos menores, em grandes produções como esta, esses patches são uma certeza. E a realidade é que, quem já viu este jogo, Black Myth Wokung agora nada tem a ver com as performances do que o jogo era no seu lançamento.
Daí que sim, este é um argumento, nas não deveria ter este tipo de peso. Até porque o jogo estava longe de estar injetável, e apenas não estava polido o suficiente.
“Lacking inclusivity and diversity”
Este argumento é que me parte todo… Até num jogo de macacos Deuses esta malta quer diversidade? Mas que raio de agenda é esta que quando não é cumprida, aparece logo como um grande ponto negativo?
Ganhem juízo, cresçam e apareçam. Este ponto não é argumento sequer!
“Gameplay becomes repetitive over time”
Não percebo este argumento? Isto não acontece com qualquer tipo de jogo? Se o jogo é de luta, ele não é sempre de luta? Se é de tiro, ele não é sempre de tiro? Torna-se repetitivo porquê? Não conflitua isto diretamente com a frase acima citada onde se refere que o jogo “exclui os aspectos frustrantes dos soulslikes populares enquanto incorpora elementos mais universalmente agradáveis”?
Enfim… Se este argumento é válido, e foi uma das causas para a má nota, como de repente ele se ignora ao ponto de se achar que este deve ser o jogo do ano?
Ele seria jogo do ano caso todos os demais fossem pior do que ele. Certamente não é o meu preferido só por já ser um Soulslike, mas na verdade, duvido que dêem essa “colher de chá” pra uma produtora chinesa… Sendo um gênero adorado por muitos, se fosse uma produtora japonesa ou sul coreana as chances de ganhar seriam reais.
Acho que você deveria testar. Não considero Wukong um soulslike. Está mais para o modo hard de um GOW.
Bem, se por hard do GoW você quer dizer lutar seguidamente com a Rainha Valquíria do 1o, eu tô fora! Lol
A rainha Valquíria do primeiro era bem tranquilo. A do segundo que é difícil. Mas o ponto principal é que é mais sobre estratégia do que habilidade. Só que diferente dos soulslike, onde precisa gastar um bom tempo para mudar uma build. Aqui você muda tudo apertando um botão. Daí é fácil testar novas habilidades, armas, etc. É um jogo que preza pelo seu tempo.
Achei a do 1o bem mais difícil que a do 2o, sendo que só platinei o 2o… mas provavelmente são os sets de armadura que são melhores e mais fáceis de conseguir no segundo… De qualquer forma, confirmas minha teoria de que Wukong não é pra mim se a rainha do 1o é tranquilo pra você…
Você realmente gostou do GOW 2. Na epoca dei uma olhada na platina e era bem complexa. O jogo expandiu bastante no segundo.
Pena que a atual geração são só florzinhas que deprimem à primeira dificuldade… Para ser dado mais vale ver uma série do que perder tempo e esforço com comando na mão apenas a esmagar botão….
Tiago, não entendo muito essa lógica de ser gay ou afrescalhado porque sabes do que gosta e do que não gosta… Não vou faltar-lhe com a educação em respeito ao Mário, mas aprenda a ter bons modos com os outros, pois uma hora alguém resolve lhe ensinar (no mundo real) e aí, talvez você entenda o que é ser florzinha de verdade.
Joguei Wukong e gostei bastante. Seria meu Goty, mas não joguei todos os concorrentes. Em relação a review, discordo em tudo.
No PC o jogo é pesado, o desempenho não é perfeito, mas longe de ser ruim.
Falta de inclusividade e diversidade faz ainda menos sentido. Tem todo o tipo de animal e no capítulo 4, o sexo feminimo é protagonista da história.
Repetitivo ainda menos, o jogo não é longo o suficiente para tal. Existe inúmeras magias, armas e builds diferentes para se utilizar.
Já em relação aos motivos de ser o Goty, concordo plenamente. Espero que todos os futuros games de ação sigam o mesmo caminho. Eles conseguiram evoluir o gameplay do GOW, tornando o mais polido. É um gameplay simples porém complexo, que permite ao jogador experimentar tudo sem punição.
Já pensaste que os artigos foram escritos por pessoas diferentes e com opiniões diferentes?
O que eu pensei é que ou as notas refletem a opinião da Screenrant, ou então essas pessoas tem de passar a postar no seu próprio blog.
Quando se publica algo no Screenrant, ele tem de refletir a opinião do Screenrant, não do Manuel ou do José. A avaliação que passa para fora, e que fica registada é a avaliação do Screenrant, não do autor do artigo!
Logo quando a mesma Screenrant agora vem dizer que afinal o jogo poderia ser jogo do ano, qual a credibilidade com que fica?
Eu pergunto-te. Vais a um restaurante e perguntas ao funcionário: “Olhe, estava a olhar aqui para o bacalhau. Recomenda?”, E o gajo responde-te: “Sim, sim, muito bom, especialidade da casa”.
E tu comes, é uma merda, e vem outro funcionário e perguntas: “Ouça, lá, que especialidade é esta? O bacalhau era seco, mal confeccionado e sem acompanhamentos”, se ele te responder, “Pois, eu não recomendaria o Bacalhau. Ele é muito mau”. Tu perante isto pensarias que eram duas pessoas diferentes com duas opiniões, ou ficavas com má imagem do restaurante?
Sabendo que a resposta à pergunta de cima só pode ser uma, eu questiono é o motivo porque escreveste o que escreveste!
PS: Eu aprovei este comentário manualmente. O email introduzido é dado como inválido, pelo que não voltará a ser aceite. Por favor corrige.
Há sites/jornais/blogs que têm várias pessoas a escrever com opiniões diferentes sobre o mesmo assunto. É por isso que eles identificam quem escreve o artigo, caso contrário, nem punham lá essa informação.
Sobre a analogia do restaurante. É uma falácia de comparação. Enquanto num restaurante, todos os funcionários deviam trabalhar para o mesmo, isto é, não enganar/proporcionar a melhor experiência para garantir a satisfação do cliente, num site de reviews, as pessoas expõem a sua opinião sobre um determinado assunto, a não ser que não haja liberdade para isso e tenham de seguir certas cartilhas.
Ou seja, tirando da equação que o funcionário não foi “tramado” pelo cozinheiro, o que devia ser feito era um prato como o cliente queria. Num site de reviews, a pessoa não pode andar a mudar a sua review só porque há malta a dizer que não concorda.
Não percebeste a ideia por detrás da comparação.
Mas apesar do que dizes sobre haverem várias pessoas que escrevem ser verdade, o que dizes não faz sentido.
Há muito que se pode dizer sobre a qualidade das atuais análises, e uma delas é o facto de serem feitas por uma única pessoa, o que no fundo reflete apenas uma opinião. Mas o que está aqui em causa não é a pessoa, é a instituição por detrás delas!
Num website profissional, há uma linha editorial. Não temos aqui uma pessoa a dizer A, e no dia seguinte outra a dizer o oposto, ou seja B. Como referi o que passa para o Metacritic ou outros é a análise do Screenrant, não a análise do josé, jornalista do Screenrant. Logo é o website que dá a cara.
É a mesmas coisa que aqui no trabalho aparecer um técnico a dar um parecer num sentido e depois vir outro da mesma empresa, dar outra em sentido oposto. Que imagem passa isso da empresa por detrás dos funcionários? Que não há rei nem roque? Que fica ao critério do freguês? É por isso que há una linha editorial, há colunas de opinião, e há artigos do jornal/website. Numa empresa há uma hierarquia que vai analisar o referido, verificar a coerência do referido. Caso esta exista, e siga, aquele é o parecer da empresa, e fica vinculado à empresa. Se o mesmo falhar é a imagem da empresa que fica em causa.
Sendo o jornalista funcionário do website, aquilo que diz vincula o website. Não o fazer é mostrar que o website não tem linha editorial, que ali não há rei nem roque. É um descrédito total para o mesmo!
É isso que o artigo foca!