A introdução no hardware de metodologias que permitem ganhar vantagem ou mesmo fazer batota, e inseridas no hardware, começam a ser um problema no PC.
Um dos motivos pelo qual o PC é mal visto, e as consolas evitam ao máximo o crossplay com este, é a quantidade de cheats e hacks que existem nessa plataforma, e que destroem o jogo a quem quer jogar de forma mais controlada.
Ora se isto já não fosse um problema, os fabricantes de hardware PC não parecem querer ajudar aqui!
Há pouco tempo anunciamos aqui um monitor que permite por sí ver através de paredes, algo que só pode ser considerado batota, e que é apoiado agora, por meio de hardware externo, e como tal tornando o processo virtualmente indetectável. Mas agora temos um fabricante de renome de hardware PC, a Razor que tambem entra um pouco nesses esquemas.
O que se passa é que o teclado da Razor permite agora um movimento que é impossível de ser realizado em outros teclado, e isso, por muitas voltas que se dê para chamar outros nomes à coisa, é fazer batota.
O que faz este teclado? Bem, em termos gerais um teclado somente activa a tecla pressionada quando esta percorre a totalidade do seu curso. Mas aqui a tecla é acionada com um curso bem mais pequeno, o que implica que ela é acionada bem mais cedo, fornecendo assim ganhos de tempo de resposta ao jogador, face aos restantes.
Um outro problema nos teclado normais é quando as teclas para direções diferentes se acionam ao mesmo tempo. Nesse caso a resposta do teclado é nula, não indo nem para um lado, nem para o outro. Mas este teclado da Razer está preparado para nesse caso usar a ultima tecla pressionada.
O resultado nisto é que a movimentação esquerda direita ocorre muito mais rápida, e a personagem pode-se mexer no ecrã de uma forma antes considerada impossível.
Eis um vídeo que demonstra isso:
Basicamente este tipo de ganhos de vantagens artificiais são batotas, e ver os fabricantes de hardware a fornecer as mesmas, choca!
Com estas batotas do lado do PC, associado a tudo o que já existe, o jogo online competitivo torna-se indesejado, e mesmo a evitar!
Como consolo fica o saber-se que quem adere a isto paga 180 euros por este teclado!
Embora em entenda que o hardware aí traz vantagens competitivas sobre o comum ou padrão da indústria, e por isso seja uma batota/trapaça ou vantagem competitiva, é preciso lembrar que também traz um contexto de aprimoramento dos inputs do teclado, e por isso, espaço para melhoria dos demais.
Entendo que num primeiro momento as coisas soem como prejudiciais, mas vejo como uma inovação que também traz espaço pros demais teclados melhorarem desde que se trate de inputs reais, e não automatizados, não vejo a coisa, como um todo, tão má.
Nesse caso também não vi problema. E sim uma evolução que deve chegar em outros modelos. Quanto a disparidade de hardware entre jogadores é algo comum. Para quem mora no Brasil, pior que isso é a diferença de ping pela falta de servidores.
No desporto competitivo, profissional a unica coisa que podes levar é o teu controlador. E mesmo ele tem de ser homologado. O ser igual para todos é algo que no desporto tem de existir, e as vantagens criadas pelo hardware são, essencialmente, batotas.
Concordo. No profissional tem que ser. Mas de forma casual fazer tal controle é restringir o acesso das pessoas. Um dos motivos do sucesso do Cs é justamente esse. Roda até numa batata. É injusto, mas para a maioria é melhor do que nada.
Sabes que na natação usava-se à uns anos uns fatos que reduziam a frição do corpo com a agua. E não havia nada de mal nisso… era apenas uma forma de aprimorar a natação!
A questão é que isto não é algo natural. É uma vantagem competitiva e como tal algo a ser evitado. É batota!
Sim, Mário, mas a solução da batota é, numa competição séria, limitarem as regras para impedirem grandes discrepâncias entre equipes, a solução não é impedir a tecnologia de avançar.
Veja, dispositivos com ALLM ou GPUs mais potentes que dão mais fps são vantagens competitivas na mesma, então não vejo, muito dilema num teclado mais responsivo e que não trava num único input por vez.
A problemática dos trajes de natação está na comparação histórica dos feitos. É injusto atribuir melhoria de tempo na natação a capacidade humana de um indivíduo. Agora essa questão do natural ou não é besteira, porque as pessoas também se raspam pra causar atrito, e todo homem da natação ter o corpo raspado e talvez até passando algum produto como cera no corpo para diminuir o atrito, também não é natural ou normal, assim como os doppings, mas mesmo assim essas coisas existem, existiram e vão continuar a existir, do ponto de vista competitivo, cabe saber as regras e quem monitora o cumprimento das mesmas, porque sempre vai haver gente tentando burlar as coisas, então, as regras precisam acompanhar a evolução das coisas, tanto nos equipamentos que vão surgindo quanto no fazer-se cumprir as regras do jogo.
A fórmula 1 é uma boa medida de como se deve conciliar tecnologia e desporto.
Juca… Eu percebo o que dizes… Mas vê os movimentos resultantes desta tecnologia e diz-me se achas o resultado normal… Não é!
A “falha” que existe ali, sob minha ótica, é a questão de como os jogos são feitos e a retomada do input anterior que permanece apertado, isso é questionável, mas é como disse, depende das regras que forem adotadas. Aquele “trelado” de movimento não é bonito, mas corresponde a uma resposta mais eficiente de input e isso também não se pode negar, então, é uma melhoria de tecnologia, que a meu modo de ver deveria sim ser recebida com os jogos a adaptá-la e não negá-la só porque hoje não é o padrão aceito.