Supostamente a coisa será aplicável a jogos gratuitos… Até um dia!
Há alguns dias atrás, a Microsoft anunciou que preparava um sistema que permitiria aos seus parceiros a colocação de publicidade dentro de jogos.
O sistema, que seria bem diferente do que vemos nos smartphones, basicamente inseriria a publicidade de forma integrada nos jogos, nomeadamente, como exemplos, nas pinturas de um carro, em painéis publicitários colocados no jogo, em bebidas usadas pelas personagens, ou em diversos outros locais onde a mesma seja percecionada pelo utilizador, sem alterar o jogo ou o seu ritmo, e não cortando o jogo de forma a obrigar a ver publicidades em vídeo ou em popups, como nós smartphones.
Está situação seria apenas aplicável a jogos gratuitos, numa tentativa de aumentar o seu número para disponibilização nos serviços.
É nesta fase que vou confessar que estou agora a re-escrever este artigo. No artigo original eu referia que esta medida teria diversas consequências, e que muitas delas não seriam forçosamente boas.
Referia o Always Online como um dos pontos negativos, que seria extensível mesmo a jogos single player pela receita que tal pode trazer.
Referia igualmente que tal apoio poderia levar a um maior suporte de quem possui este programa face a quem não o possui, levando outros detentores de plataformas a fazer algo semelhante.
E finalmente referia que este tipo de receitas não sendo de ignorar, poderia levar a que terceiros, incluindo grandes empresas criadoras de jogos AAA full price, pudessem optar por incluir algo semelhante nos seus jogos, mesmo que usando uma infra estrutura diferente para tal.
E neste momento vocês estão a ler a segunda versão deste artigo, uma vez que a Sony veio já anunciar suporte a uma tecnologia semelhante, o que bate certo com o previsto no segundo ponto acima referido.
Basicamente é nesse pé que estamos. A Microsoft e a Sony vão criar uma tecnologia de publicidade dentro dos jogos. Nesta fase apenas destinadas a jogos gratuitos, mas que prevejo desde já venha a ser um standard na indústria aplicado a todos os jogos. Afinal uma publicidade num Halo ou num Uncharted terá certamente mais impacto que num jogo indie.
E este será o futuro que nos espera. Jogos com publicidade inserida e que requerem conexão a servidores de publicidade, podendo mesmo nem sequer funcionar sem ela.
Será por isso bom que o mercado ganhe consciência dos riscos da aceitação deste tipo de situações, e que, caso ela chegue aos jogos pagos, pense bem no que faz caso a aceite.
Nota: As imagens ilustrativas são as do artigo original que só abordava a Microsoft, mas como o artigo explícita, aplicável igualmente aos jogos PlayStation.
Só na Xbox tem mais de 100 jogos gratuitos, bem alguns são demos, e serão praticamente os mesmos na PlayStation.
Já não é de agora a ideia de meter publicidade nos jogos, inclusive nos pagos, falava-se na altura nos ecrãs de loading, mas têm várias possibilidades de monetizar publicidade dentro dos jogos sem que isso altere a jogabilidade.
Não vejo problema nenhum vender publicidade nos jogos, desde que não afete a jogabilidade.
O não ver problema algum seria coerente se a publicidade fosse fixa (sempre a mesma). Mas a ideia é ser dinâmica, ou seja, pode mudar. E isso obriga a servidores e pode levar a um DRM de Online.
E sem a publicidade já não existe? O problema com o GT7…
Já para não falar que apenas falam em jogos gratuitos e esse quase todos (senão mesmo todos) são multiplayer e requer sempre a conexão á internet
E gostas do que se passa em GT7?
E a ideia é aumentarem os jogos gratuitos. Não fala em multi ou single.
Não e não tenho PS, devia funcionar no modo offline, muitos fan-boys devem ter engolido muitos sapos á custa disso.
Mas vivemos uma altura em que estamos sempre ligados e em que o requerimento dos jogos sempre ligados será apenas uma cortesia.
Mas a ideia penso eu, por exemplo no Fortnite substituir o slurp por Pepsi ou coca cola ou mesmo em alguns painéis publicitários que já existem no jogo e o mesmo se passará em outros jogos do gênero gratuitos, no entanto essa mesma publicidade terá de ser regulamentada ao exemplo dos eventos desportivos.
Falas de barriga cheia… Mas há quem a tenha mais cheia ou mais vazia.
E se tivesses nascido nas zonas a branco deste mapa da imagem acima?
E esses países têm sequer condições para ter uma consola com um rendimento abaixo de 1dollar.
Não sejamos hipócritas, mas também não é por nossa culpa que isso é assim.
Da mesma forma que com a oferta que o Elon Musk fez pelo Twitter teve muitas críticas, algo como esse dinheiro podia acabar com a fome do mundo, também acredito que se tal fosse possível já o teriam feito
Hipócritas? É como digo. Falas de barriga cheia, mas podias ter nascido lá…
E não falamos todos
Mário, não vejo esta questão em si como problemática nesse ponto, pois todo jogo como serviço ou serviço de jogo já se presume o sempre online e/ou DRM em alguma de suas formas, mesmo que não se precise do sempre online e só requeira conexões periódicas para revalidar conteúdo (controle DRM com periodicidade), mesmo os jogos digitais já sofrem disso.
A maior sacanagem é por esses jogos num serviço pago e ainda sujeitar os clientes a propagandas.
E pior ainda se nos jogos pagos e “off-line”. Garanto a você, que da minha parte, se qualquer jogo que eu comprar ou que requeira algum serviço pra jogar por propaganda no jogo, eu boicoto fácil a desenvolvedora, por mais que goste e seja fã dos seus jogos.
Obviamente que loadings com propagandas e mesmo ter de acessar servidores de adds podem presumir demora, muitas vezes propositada para expor mais tempo a propaganda aos olhos do consumidor, ou tempo necessário para estabelecer a conexão e receber a propaganda aleatória, o que é uma verdadeira m****! Com o perdão da palavra!
Se a pub for vantajosa até pequenos singles vão aderir
Pra eles sempre é, pra nós é que certamente que não, mas aí é o caso da difícil consciência da comunidade boicotar.
O fim se avizinha! Está chegando a hora de pendurar as botas!
Verdadeira molecagem propaganda em jogos, sobretudo se pagos, mesmo os f2p, pois pra muita gente também que paga até mais que um jogo neles, espero que ao menos tenha a opção de pagar pra tirar propagandas.
Netflix safada já está a sugerir uma assinatura com propagandas, é sempre assim, aumentam um preço pra tornarem o serviço propositadamente mais caro e “criam versões” no preço anterior com mais ônus ao consumidor.
Se for só nos F2P, tô pouco me importando.
Agora se começar isso em first party preço full, aí realmente já chegou a hora de eu começar a pensar em aposentar os games da minha vida.
https://www.reddit.com/r/GamingLeaksAndRumours/comments/uadvwu/sony_strengthening_their_pc_plans/ para contribuir tbm e mostrar que o mundo dos games está mudando!!!
Isso pode querer dizer tudo… Ou não dizer nada…
Publicidade in-game é em si uma boa ideia, ajuda a financiar o mesmo e de certa forma dá alguma credibilidade ao mundo do jogo, o grande problema é que nesta industria, todas as boas ideias, são completamente distorcidas, o próprio conceito de DLC, passou de um natural prolongamento do jogo, para um esmiuçar do conteúdo central para vender ás postas, portanto esta ideia da publicidade, se pegar, vai aparecer em tudo quanto é jogo, seja ele gratuito ou pago, e depois disso vão havendo pequenos avanços até que um dia alguém decide experimentar interromper a gameplay para efeitos de publicidade, como se de um video do youtube se tratasse.
Concordo, com você José e temos até 2 exemplos (que eu lembro agora) de como pode ser bem feitas as publicidades in game, são Final Fantasy 15 com a cup noodles e uma marca de acampamentos, e se não estou enganado o Forza 4 tinha publicidade da Coca-Cola.
Mas as empresas senpre vão se aproveitar e exagerar a ponto de ficar um saco jogar.
Energético em Death Stranding tb.
Não é esse o conceito aqui.
É os placares publicitários serem dinâmicos. Por exemplo num GTA passam em painéis eletrônicos o de a pub que passa é gerida por um servidor remoto.
Isso num jogo single obrigaria a online.
Existe a possibilidade de atualizar por patch, Mário, e programar o tempo de exposição de cada propaganda, mas se for do tipo dos de celular é sempre online na veia.
Existe… Apesar que tal não é o que a Microsoft e a Sony propõem. Para patches não precisas da ajuda deles para nada.
Mário, Carlos Eduardo, Juca, pq um ps5 e um series X sofrem bem mais com a crise dos micro chips do que um series s e um Switch?
Por causa da litografia. O Switch não sofre pq usa uma litografia onde a concorrência por chips é inexistente hoje. Agora 7nm é bem concorrido ainda.
Apesar de a litografia contar pois a produção em litografias diferentes tem volumes diferentes, o principal fator acaba por ser a área do chip.
Dado as waffers terem um tamanho fixo, quando menor o chip, mas tu crias com uma bolacha de silício.
A fabricação dos chips costuma ser terceirizada. Um dos principais é a TSMC.
Então existe concorrência entre Apple, NVIDIA, AMD, etc. por espaço na TSMC visando maximizar a produção de chips. E essa concorrência é bem mais forte quando são chips de mesma litografia.
Então o Switch não é tão afetado porque a litografia do Tegra é 16nm. Creio que atualmente a concorrência mais acirrada na TSMC é por chips de litografia 7nm e 5nm.
Recentemente a Sony anunciou que iria fabricar mais PS4 justamente porque a litografia é 14nm, o que não oferece concorrência à fabricação do PS5 de 7nm.
No caso do Xbox Series, tanto o S quanto o X possuem a mesma litografia, no caso 7nm. Só que o die size (tamanho do chip) do Xbox Series S é bem menor, o que possibilita fabricar mais chips para esse console. Então eu acredito que a Microsoft prioriza a fabricação de Xbox Series S para encher as prateleiras, deixando o Xbox Series X mais escasso. Ela faz isso porque naturalmente quer maximizar assinantes do Gamepass, logo o que importa para ela é ter mais consoles vendidos, seja qual for.
Obrigado pela explicação, irmão!!!
Só numa questão, dado que o Carlos já respondeu, não leste o artigo de à dias sobre as disponibilidades dos chips? Isso era abordado lá.
Não que me recorde, Mário! Vou achar o artigo aqui e obrigado!!!
É dos últimos. Eu falo da áreas das waffers e baseada nelas e na área dos chips consegues ver quantos se produzem numa waffer.
Por isso é que há mais procura pela menor litografia. Menor área por chip implica mais chips por waffer e menor custo (tu pagas à bolacha/waffer)
Mas Mário, além da concorrência por tempo do mesmo fabricante de chips não está havendo falta das bolachas em si? E as bolachas dos chips de diferentes tamanhos não são as mesmas ou ao menos fabricadas no mesmo local do mesmo material? Porque a produção de Switch ou PS4 não seria também prejudicada? E o fato de terem litografia maior também não implica um die maior, e por isso menos chips por bolacha?
Penso que nesses casos afirmativos, todas as produções já são prejudicadas pelas bolachas, apesar de eu entender, e ficar claro pelo exposto aqui, que litografias diferentes não concorrem entre si na linha de produção da TSMC ou outro fabricante.
Não há notícias de menos produção de bolachas. O que há é muita procura para a produção que há. Por isso há atualmente um grande investimento para se criarem mais fábricas.
Agora a área de uma waffer é fixa, e por isso chips com menos área tem maior rendimento pois produzem mais por waffer.
Uma litografia maior implica maior área e como tal menos chips por bolacha, mas as foundries que produzem com maior litografia não tem a mesma procura, e nesse aspecto aumentar a produção aí ainda é uma possibilidade.
Dado que o custo pago é por bolacha, interessa rentabilizar a mesma ao máximo, e por isso há mais interesse em litografia mais baixa. Todos os novos produtos as procuram pelo menor custo e igualmente pela melhor térmica e maiores rendimentos.
👍🏽 Valeu pelas explicações, Mário!