Naturalmente que se ouvirmos os que preferem trabalhar com a Microsoft, estes deverão ter igualmente argumentos válidos. Mas não deixa de ser interessante ouvir-se o que são os argumentos alwgados por quem prefere um dos lados.
Scalebound, era um exclusivo Xbox One e um dos jogos mais esperados para esta consola. Desenvolvido pelos japoneses da Platinum games, o jogo acabou cancelado!
De acordo com o produtor, Hideki Kamiya, e alguns insiders, o motivo pelo qual o jogo foi cancelado foram as demasidadas intrusões na Microsoft no desenvolvimento do jogo.
Eis as palavras de Kamiya em entrevista dada após o cancelamento do jogo:
Até agora o estilo dos produtores Japoneses com que trabalhei é, para o melhor e para o pior, desenvolvimento ao estilo dos velhos tempos. Para ser franco o seu lema é “desde que no fim funcione”. A Microsoft foi o primeiro publicador do outro lado do oceano com quem trabalhei, e parece que o estilo do outro lado do oceanos é, para o melhor e para o pior “desenvolvimento de nova geração”. É focado não só no produto final, mas tambem no processo que usas para chegar lá. Para alguém tão irresponsável como eu, é difícil por vezes darem-me a volta à cabeça.
Independentemente de os motivos da Microsoft poderem ser, ou não, válidos, esta entrevista mostra claramente uma realidade. A Microsoft intervêm de forma incisiva em todo o processo de desenvolvimento. E essa situação pode não cair muito bem junto dos produtores.
Um outro exemplo passou-se com Yukio Futatsugi. Este produtor trabalhou com a Microsoft em Crimson Dragon e Phantom Dust, tendo-se eventualmente chateado e saido! Nas suas palavras “estou farto deles”.
Recentemente este tinha acordado um Remake de Phantom Dust, mas mais uma vez as incompatibilidades com a Microsoft vieram ao de cima, e este foi cancelado. O resultado foi o lançamento de uma mera versão jogável na One do jogo, apenas para a Microsoft não ficar mal vista junto dos fans.
Mais uma vez, não nos compete julgar as opções da Microsoft, mas é claro que a mesma interfere com o desenvolvimento.
Ora isso é exactamente o oposto do que acontece na Sony.
Stuart Tilley é um produtor que tem vindo a trabalhar desde à muito tempo com a Sony. Trabalhou em Wipeout 2048 e Killzone. Mesmo depois de o seu estudio em que trabalhava na Sony ter sido fechado, o seu novo estúdio, a Firespire, manteve-se a fazer jogos exclusivos Playstation.
E a questão colocada foi. Porque se manter apenas ligado à Sony?
A resposta foi:
Há razões muito práticas para me manter na Sony, sendo que a mais importante é que a Sony permite aos estúdios manter a sua liberdade e independência, ao mesmo tempo que lhes dá recursos.
Os estúdios individuais… possuem a sua cultura, a sua tecnologia, e os seus jogos, e numa grande percentagem, são donos dos seus destinos. Mas mesmo assim conseguimos ter o apoio da nave mãe, especialmente quando eles se envolvem no nosso jogo, como eles fizeram com LittleBigPlanet.
Naturalmente não vamos aqui estar a referir ou a analisar qual das duas culturas está mais correcta ou melhor se adequa aos dias de hoje. O certo e o importante aqui é notar essas diferenças.