Patente de Mark Cerny revela uma PS5 com os núcleos de CPU unificados, e com um equivalente ao infinity cache.

Uma patente de Mark Cerny mostra aquilo que é o diagrama da PS5… e mostra que os núcleos do CPU são unificados, com um sistema de caches diferente, mas equivalente ao infinity cache.

Uma nova patente revelada pelo US Patents office mostra aquilo que será o hardware da Playstation 5. É uma patente do Mark Cerny e detalha o hardware da consola em pormenor.

Eis a imagem relevante:

Esta imagem revela uma situação que há muito é referida como existente na PS5, a existência de dois CCX unificados no CPU, o que torna o seu CPU num CPU com funcionalidade real de 8 núcleos e não 2×4 núcleos como nas Xbox e consolas da passada geração.

Repare-se na imagem de cima onde o bloco 320 que representa o CPU mostra dois CPU cores designados como 323, com uma cache partilhada, assinalada com o número 325.

Este esquema é depois mais detalhado na imagem que se segue:

Aqui vemos os dois CCX com vários núcleos (1 a N, que neste caso serão 1 a 4). Cada núcleo tem uma cache L1, e cada CCX tem depois uma cache L2. Mas ambos os CCX partilham depois uma cache de nível superior L3.

Esta situação não é exactamente o mesmo que um único CCX de 8 núcleos, mas a partilha da cache L3 permite que o sistema de dois CCX de 4 núcleos se aproxime muito dessa realidade. Num esquema como o usado pelo ZEN2, que equipa as actuais Xbox e usado igualmente pelos Jaguar das consolas de anterior geração, teríamos duas caches L3 pertencentes a cada um dos CCX, pelo que a comunicação entre os dois processadores de 4 núcleos teria de ser externa, o que aumenta em bastante as latências e tempos de resposta.

Esta situação é algo que temos apenas presente no ZEN 3, e uma das grandes responsáveis pelos ganhos de performances desses processadores face ao Zen 2, e esta patente aparenta confirmar a sua existência na Playstation 5, explicando assim as melhores performances da consola a 120 fps. É pura e simplesmente uma questão de performance do CPU!

Na primeira imagem vemos ainda um bloco de cache identificado com o número 358, que deve ser a SRAM do complexo de Entrada/Saída (não confundir com o controlador do SSD, que está fora deste chip). Este sistema de E/S (350) tem acesso direto à cache do CPU (325), à cache do GPU (334), e à memória GDDR6 (340).

O que aqui está presente não é infinity cache, mas a funcionalidade é claramente a mesma. A de reduzir os acessos externos ao silício para comunicações entre as partes, o SSD e a GDDR6. Quando associado aos cache scrubbers e aos motores de coerência que permitem que todas estas caches falem entre si, isto é uma arquitetura diferente do infinity cache do RDNA2, mas uma alternativa proprietária da Sony, que é criada com um objetivo semelhante. O evitar um bus de acesso à memória maior, e minimizar o acesso à RAM.

Numa outra nota, refere-se ainda que o Geometry Engine deverá ser revolucionário, e dos elementos que, nesta forma atual da PS5, ou noutra diferente, mais vai marcar o RDNA 3. Basicamente o RDNA 2 trabalha em hardware com shaders primitivos. A Microsoft introduziu o Mesh Shaders, que são uma evolução mais fácil de ser trabalhada e que otimiza muito trabalho, mas que é algo que funciona por software no API. Ao que tudo aponta o GE fará tudo isso, mas por hardware, libertando uma carrada enorme de recursos do GPU e, mais do que isso, fará tudo num processo inicial, otimizado e de forma muito mais rápida.

A RED Gaming Tech refere ter novidades sobre o hardware da PS5 esta semana. Vamos ver se os dados deles batem certos com estes nossos!